quarta-feira, 13 de julho de 2011

Integrantes do blog

Apresentação no hall de entrada do hotel
Os alunos do curso de Licenciatura em  Matemática do IF Farroupilha Campus Santa Rosa, 
Participaram da I Seminário das Licenciaturas do IF Farroupilha, onde apresentaram trabalhos que foram desenvolvidos durante o 1º semestre do curso.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Por que a multiplicação de números com sinais iguais resulta num número positivo e de sinais diferentes num negativo?

Ilustração: Erika Onodera
Multiplicar números de sinais contrários sempre nos leva para o lado esquerdo do zero, ou seja, para resultados negativos. 
Se multiplicarmos números de sinais iguais, mesmo que estejamos à esquerda do zero, vamos procurar o oposto, que estará do lado
 direito. Ilustração: Erika Onodera

A confusão com a regra dos sinais surge da atribuição de um sentido ao resultado negativo. Afinal, contar duas ovelhas é fácil, mas como explicar "menos duas ovelhas"? Os números negativos já foram denominados falsos, absurdos e fictícios pelos matemáticos, pois não era fácil vinculá-los a um objeto ou a uma situação simples como a enumeração. No século 18, usando a reta numerada, com números à direita e à esquerda do zero, isso foi resolvido: ficou claro que um número menor que zero, portanto negativo, está localizado à esquerda dele, e os positivos, à direita. Um número negativo é, portanto, oposto ao positivo. Logo, calcular -5 +3 é o mesmo que sair do zero, andar cinco casas à esquerda e, depois, percorrer mais três à direita, resultando -2. Já no caso de -2 X +3, saímos do zero e andamos duas casas à esquerda por três vezes, chegando ao -6. Finalmente, quando fazemos -2 X -3, estamos tentando descobrir o produto de dois números opostos. Nesse caso, ao negar uma negação, temos uma afirmação: o resultado, 6, necessariamente é positivo.


Fonte: revistaescola.abril.com.br

A calculadora deve ser usada em sala de aula?

Sim. Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) orientam que cabe ao educador a tarefa de iniciar o aluno na utilização de novas tecnologias e a calculadora está incluída nelas. Uma razão é social: a escola não pode se distanciar da realidade do aluno. Outra razão é pedagógica: a incorporação do instrumento pela escola permite explorar relações matemáticas e refletir sobre a grandeza numérica. Os estudantes devem aprender a dominar diferentes estratégias de cálculo, conhecer os limites de cada recurso e, por fim, decidir a quais usar calculadora é mais adequado. Diante de um problema em que é necessário encontrar o resto de uma divisão inteira, por exemplo, o aluno precisa reconhecer que o instrumento não oferece essa informação diretamente no visor. Estimar mentalmente os resultados antes de usar a calculadora é uma das estratégias possíveis, assim como usá-la como uma ferramenta de controle e verificação de resultados com técnicas de papel e lápis - o que permite aos alunos a autonomia na correção. Outro trabalho interessante consiste em empregar a calculadora para o estudo das representações decimais. Por meio de atividades de divisão de 1 por 2, 1 por 3, 1 por 4, 1 por 5 etc., usando o instrumento, os alunos podem levantar hipóteses sobre as escritas que aparecem no visor da calculadora e interpretar o significado dessas representações.


Fonte: revistaescola.abril.com.br

terça-feira, 10 de maio de 2011

A EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO PEDAGÓGICO


INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA FARROUPILHA
CAMPUS SANTA ROSA

A EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO PEDAGÓGICO

Curso de Matemática - Licenciatura
Disciplina: Fundamentos Históricos, Filosóficos e Sociais da Educação
Professor Ms. Sidinei Cruz Sobrinho

INTRODUÇÃO

A educação vem sendo desenvolvida há muitas décadas. Na Grécia Antiga começou a perceber-se a necessidade da educação em espaços reservados, afastando-se do cotidiano, inicia-se, então, a historia da educação, como a entendemos hoje.
Este trabalho foi realizado após pesquisas e leituras, sendo uma síntese dos pensadores e correntes filosóficas que influenciaram a evolução do pensamento pedagógico, com o propósito de mostrar o nosso conhecimento e a nossa compreensão, tendo como base a filosofia de Sócrates e partindo assim para os pensamentos platônicos e aristotélicos: idealismo e realismo, e a continuação dessas linhas de pensamento.

A EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO PEDAGÓGICO

SÓCRATES (469-399 a.C.): Nada deixou escrito, pois ensinava através do diálogo, achava importante o contato direto com os interlocutores. Preocupava-se com o auto-conhecimento à sabedoria e a prática do bem. Através de seus pensamentos surgiram duas vertentes: idealismo e realismo. Demonstrava que não sabia, assim teria que despertar e levar o interlocutor a expor suas opiniões elevava o aluno perceber as próprias contradições, revendo conceitos e reconstruindo de seu pensamento.

IDEALISMO: Tendência filosófica que reduz toda a existência ao pensamento. Tudo o que existe teve um sentido mental. Trata-se da capacidade da inteligência para idealizar. Considera a ideia como sendo o princípio do ser e do conhecer.

PLATÃO (427-347): Através da passagem do mundo das sombras para o mundo das ideias se desenvolve o conhecimento humano. O método de ensino é a dialética (contraposição de uma opinião com a crítica que podemos fazer). Aprender é despertar no individuo o que já sabe. Defendia que as ideias formavam o foco do conhecimento intelectual. Os pensadores teriam a função de entender o mundo da realidade, separando-o das aparências.

REALISMO: Teoria que diz que o indivíduo aprende pela experiência, o conhecimento está no mundo.

ARISTÓTELES (384-332 a. C.): via na escola o caminho para a vida pública e o exercício da ética. Considerava a família, como base para a sociedade e para a educação das crianças e atribuía aos governantes o dever de regular e vigiar o funcionamento das famílias.

NEOPLATONISMO: Escola filosófica dominante do séc. III ao séc. VI, que buscou unir preocupações filosóficas e religiosas, fazendo uma síntese entre o racionalismo grego e o misticismo oriental. Recebeu esse nome porque seus integrantes eram seguidores das idéias do filósofo grego Platão. 

SANTO AGOSTINHO (354-430): Afirmava que o homem só tem acesso ao conhecimento quando iluminado por Deus. Defendia que educação e catequese se equivaliam, e estimulava obediência aos mestres o objetivo era treinar o controle das paixões para merecer a salvação. Recomenda que jovialidade, alegria, paz e brincadeiras são fundamentais. A ideia principal é que o professor mostra o caminho e o aluno adota, assim, o saber brota.

TOMISMO: Foi uma das mais importantes Correntes de Pensamento adotadas pela Escolástica, principalmente por sua tentativa de conciliar Razão e Fé.

TOMÁS DE AQUINO (1224-1274): Para ele o conhecimento humano se dividia em dois: o sobrenatural ensinado pela fé e o natural a luz da razão, para ele essas duas formas não havia contradição, pois ambas vinham de Deus. O conhecimento é construído pelo estudante e não só transmitido pelo professor.

HUMANISMO: Enfatizava o valor da razão humana. Antes de apelar para Deus, o homem tem de valorizar e explorar sua humanidade, sua razão, sua força natural.

ERASMO DE ROTERDÃ (1469-1536): Anunciou o fim da predominância religiosa na educação. Defendeu a importância da leitura dos clássicos e do desenvolvimento do homem em todo o seu potencial. Defendia a liberação da criatividade e da vontade do ser humano.

REFORMA E CONTRA- REFORMA: Os jesuítas seguiram o pensamento de Santo Agostinho colocando a igreja como a fonte de ensinamento e, órgão maior, que tinha plenos poderes para ensinar sem que fossem questionadas suas ideias e nem todos tinham acesso (só a burguesia). A contra-reforma, Lutero coloca suas ideias, tirando o poder da igreja sobre o método de educação e defende que a educação deve ser para todos.

MARTINHO LUTERO (1483-1546): Autor do conceito de educação útil. Fundador do protestantismo e também um dos responsáveis de formular o sistema público que serviu de modelo para a escola moderna no ocidente, que organizava-se em três ciclos: fundamental, médio e superior.

JESUÍTAS: Fundada 1534 por Inácio Loyola. Chegam ao Brasil em 1549. Pregavam a obediência total a doutrina da Igreja Católica. Fundaram missões católicas, escolas e seminários que demonstra o seu envolvimento com a educação.

MICHEL DE MONTAIGNE (1533-1592): O objetivo principal da educação seria permitir à criança a formação de julgamentos próprios sem ter que aceitar acriticamente as leituras que a escola recomenda. Defensor da liberdade de expressão.

EMPIRISMO: defende a idéia de que somente as experiências são capazes de gerar idéias e conhecimentos. As teorias das ciências devem ser formuladas e explicadas a partir da observação do mundo e da prática de experiências científicas.

FRANÇOIS REBELAIS (1495-1553): Pensou e viveu a Educação Física. Tinha uma maior preocupação com o corpo como centro da ação educativa.

COMÊNIO (1592-1670): Defende o ensino de "tudo para todos" e foi o primeiro teórico a respeitar a inteligência e os sentimentos da criança. A obra mais importante foi: Didática magna. O professor deveria ser um profissional, não um missionário, e bem remunerado. Considerar o interesse do aluno. Trouxe a realidade social para a sala de aula, fazendo uso dos meios tecnológicos.

RENÉ DESCARTES (1596-1650): Sua missão era reunir todo o conhecimento humano em uma única ciência e universal. Questiona o ensinamento dos jesuítas, possuindo quatro regras básicas: verificar, analisar, sintetizar, enumerar. Defende que a dúvida é o primeiro passo para se chegar ao conhecimento. O pensamento é algo mais certo que a própria matéria-corporal.

LIBERALISMO: È, primeiramente, uma filosofia global, que privilegia as idéias, examina os princípios, estuda os programas.

JOHN LOCKE (1632-1704): a busca do conhecimento deveria ocorrer através de experiências e não por deduções ou especulações. As experiências científicas devem ser baseadas na observação do mundo.

CONDORCET (1743-1794): Matemático preconizava uma educação que contribuísse para a liberdade de pensamento. Acreditava que a perfeição só seria alcançada com a educação.

NATURALISMO: Propunha para a criança a valorização de atividades espontâneas, o retomo da vida ao ar livre. E até hoje influencia em nossa forma de pensar.

J. J. ROUSSEAU (1712-1778): o filosofo da liberdade como valor supremo. O homem é bom por natureza, influência corruptora da sociedade, desenvolveu a teoria de que a criança deve ter as características próprias preservadas, sem, receber influências da sociedade que quer moldar sua educação de acordo com seus interesses.

J. H. PESTALOZZI (1746-1827): foi adepto a educação pública, democratizou a educação proclamando ser direito da criança desenvolver os poderes dados por Deus. O afeto a educação, para ele os sentimentos tinham o poder de despertar o processo de aprendizagem autônoma da criança. O ensino leva as crianças a desenvolver suas habilidades naturais e inatas.

FRIEDRICH FROEBEL (1782-1852): criador do jardim da infância. Foi um dos primeiros educadores a considerar o início da infância como uma fase de importância decisiva na informação das pessoas, idéia hoje consagrada pela psicologia.

IDEALISMO ALEMÃO: afirma que a realidade é o produtos do ato de pensar. Caracterizada pela suposição de que a única realidade plena e concreta é de natureza espiritual. O EU é a figura central do idealismo.

IMMANUEL KANT (1724-1804): foi um dos grandes construtores de sistema de criticar as limitações das nossas capacidades, levando a idéia critica nos seus estudos da metafísica, ética e estética.

J. F. HERBART (1776-1841): a propor que a pedagogia se caracterizasse não apenas como arte, como ciência da educação, com fins claros e meios definidos, a ética, filosofia praticas que fornece fins, onde a ação pedagógica e orientada de três maneiras: o governo, a disciplina e instrução educativa,para ele o conhecimento é dado pelo mestre ao aluno.

GEORG HEGEL (1770-1831): foi filosofo da totalidade, do saber absoluto toda a realidade a partir do concreto.

EVOLUCIONISMO: Teoria da evolução das espécies, elas evoluem para se adaptar ao ambiente.

CHARLES DARWIN (1809-1940): as espécies sofrem adaptação para se adaptar ao ambiente, seleção natural.

HERBERT SPENCER (1820-1903): levou a teria evolucionista para a educação.

MATERIALISMO: As ideias e concepções que a nossa mente projeta sobre o mundo estão determinadas pela existência não do pensamento, mas pela existência material dos objetos a nossa volta, e estes incidem sobre nós quando nos relacionamos com eles.

KARL MARX (1818-1883): Marx propõe uma prática educacional transformadora, onde a escola teria basicamente um duplo papel: primeiro, desmascarar todas as relações sociais (relações de dominação e exploração) estabelecidas pelo capitalismo, tornando cada indivíduo consciente da realidade social na qual ele está inserido; segundo, defender a abolição das desigualdades sociais

EDUCAÇÃO PROGRESSIVA: A educação está centrada no desenvolvimento da capacidade de raciocínio e espírito crítico do aluno. A experiência é o resultado da reflexão que o indivíduo realiza sobre a sua interação com os outros indivíduos e com o meio. Sua principal função seria preparar o indivíduo para uma sociedade em processo constante de mudança e, simultaneamente, promover esta continua mudança social.

JOHN DEWEY (1859-1952): educação está centrada no desenvolvimento da capacidade de raciocínio e espírito criativo do aluno. O aluno como sujeito do processo ensino-aprendizagem, objetivo da escola deveria ser ensinar a criança a viver no mundo, educar, portanto, é mais do que reproduzir conhecimento.

FENOMENOLOGIA: apresenta ou que se mostra, os fenômenos da consciência devem ser estudados em si mesmos. Tudo o que podemos saber do mundo se resumo a fenômenos, a esses objetos ideais que existem na mente.

EDMUND HUSSERL (1859-1938): Filosofo matemático e lógico. Mais importante e expressivo representante da fenomenologia. Sua investigações lógicas influenciaram até mesmo os filósofos e matemáticos da mais forte corrente oposta, o empirismo lógico.

PSICOLOGIA DESENVOLVIMENTISTA: Esta área de conhecimento da psicologia estuda o desenvolvimento do ser humano em todos os seus aspectos: físico-motor, intelectual, afetivo-emocional e social – desde o nascimento até a idade adulta. O Professor que compreende o modo de agir e pensar da criança obterá uma melhor qualidade de trabalho.

ÉDOUARD CLAPARÈDE (1873-1940): A lei da necessidade e do interesse: toda atividade desenvolvida pela criança é sempre provocada por uma necessidade a ser satisfeita e pela qual ela está disposta a mobilizar energias. Ele defendia uma abordagem funcionalista da psicologia, pela qual o ser humano é, acima de tudo, um organismo que "funciona". Defendia o estudo dos processos psicológicos como funções de adaptação ao ambiente.

HENRI WALLON (1879-1962): educação integral, corpo e emoções (não apenas cabeça) na sala de aula. Desenvolvimento intelectual dentro da cultura mais humanizada.

ADOLPHE FERRIÈRE (1879-1960): Baseava-se no respeito aos interesses e necessidades da criança e utilização de métodos ativo, desenvolvimento da autonomia, espírito crítico e cooperação.

LEV VIGOTSKY (1896-1934): a criança se desenvolve através da sociedade, do meio em que vive. Se ela não aprende a culpa é do meio (professor). O meio influencia o que ela aprende.

JOSÉ ORTEGA Y GASSET (1883-1955): naquele momento as teorias da educação consagram o saber prático. Eliminação significa a capacidade de o homem selecionar o que é essencial para sua vida, eliminando o que não é. A ciência pedagógica precisa instaurar uma postura crítica diante da situação sociopolítica e cultural alterando-a para melhor.

ESCOLA NOVA: Foi um movimento de renovação do ensino na metade do século XX. A educação deveria ser sustentada no indivíduo integrado à democracia, o eixo norteador a vida-experiência e aprendizagem, a função da escola seria a de propiciar uma reconstrução permanente da experiência e da aprendizagem dentro de sua vida.

MARIA MONTESSORI (1870-1952): Propõem despertar a atividade infantil através do estímulo e promover a auto educação da criança, colocando meios adequados de trabalho a sua disposição. A criança é educadora de sua personalidade. Para despertar o aprendizado, a criança deve ter acesso e estímulos a desvendar essas curiosidades.

OVIDE DECROLY (1871-1932): Criou uma disciplina, a "pedotecnia", dirigida ao estudo das atividades pedagógicas coordenadas ao conhecimento da evolução física e mental das crianças. Dedicou-se a uma escola centrada no aluno, e não no professor, e que preparasse as crianças para viver em sociedade e não só profissional. ALEXANDER S. NEILL (1883-1973): Acreditava que a felicidade é fundamental para o desenvolvimento das crianças e esta tem origem num senso de liberdade das mesmas. Sustentava que os jovens devem ser estimulados a aprender em um ambiente de liberdade e de responsabilidade. Defende a liberdade das crianças na educação escolar.

CÉLESTIN FREINET (1896-1966): Foi criador das escolas modernas, a qual deveria proporcionar ao aluno a realização de um trabalho real. Deve-se haver interação entre professor-aluno, sempre estar em contato com a realidade. Desenvolveu atividades como: aula

passeio, jornal da classe, cantinhos pedagógicos, troca de correspondências entre escolas, livro da vida.

MARXISMO: É o conjunto de ideias filosóficas, econômicas, políticas e sociais. Enfatiza a importância de uma escola unitária, em que todos tenham o mesmo tipo de escolarização e não haja separação entre trabalho intelectual e trabalho braçal.

ANTON MAKARENKO (1888-1939): Criou um modelo de escola para jovens infratores baseado no trabalho e na disciplina, na vida em grupo e na autogestão, contribuindo decisivamente para a recuperação de milhares de crianças e jovens infratores e marginalizados, transformando-os em cidadãos.

ANTONIO GRAMSCI (1891-1937): Trouxe a discussão sobre a conquista da cidadania como objetivo da escola. Orientando a elevação cultural das massas, a intenção era livrá-las da visão de mundo que predispõe a aceitação da ideologia das classes dominantes, à crítica e à luta social pela transformação da sociedade capitalista.

BERTRAND RUSSELL (1872-1970): Influente matemático do século XX. Era um profeta da vida racional e da criatividade. Para Russell todas as verdades matemáticas poderiam ser deduzidas a partir de poucas verdades lógicas, e todos conceitos matemáticos reduzidos a uns poucos conceitos lógicos.

CONSTRUTIVISMO: Cada um constrói seu conhecimento, o professor é apenas um mediador desta construção.

JEAN PIAGET (1896-1980): O desenvolvimento cognitivo ocorrerá através de constantes desequilíbrios e equilíbrios => Os indivíduos assimilam as informações e depois as acomodam => construção do conhecimento.

EXISTENCIALISMO: Século XIX, os existencialistas a existência prioridade sobre a essência humana homem existe. A predominância de elementos fenomenológicos de Husserl refere ao sentido da existência. O existencialismo pressupõe que a vida seja uma jornada de aquisição gradual de conhecimento sobre a essência do ser, por esta razão ela seria a mais importante que a substancia humana.

CARL ROGERS (1902-1987): Um psicólogo a serviço do aluno. Rogers o professor é um orientador que mostra a direção que o aluno deve tomar para alcançar o conhecimento. A tarefa do educador é facilitar o aprendizado, que o aluno conduz a seu modo.

ANÍSIO TEIXEIRA (1900-1971): sendo influenciado pelas idéias de Dewey, defende a escola democrática, uma escola aberta a todas as classes, capaz de reconstruir a sociedade. Passou a pressionar por mais e melhor educação.

HANNAH ARENDT (1906-1975): Atribuía aos adultos a responsabilidade de conduzir as crianças por caminhos que elas desconhecem. Sua argumentação é a favor da autoridade na sala de aula e sua visão educativa é assumidamente conservadora, acreditava que o aluno deve ser apresentado ao mundo e estimulado a mudá-lo.

FLORESTAN FERNANDES (1920-1995): refletiu sobre a escola brasileira e atuou pessoalmente em defesa da educação para todos. Acreditava que a educação e a ciência têm potencialmente, uma grande capacidade transformadora e deveriam ser instrumentos de elevação cultural e desenvolvimento social das camadas mais pobres da população.

PAULO FREIRE (1921-1997): Sua proposta, em termos educacionais, é uma antiautoritária, onde professores e alunos ensinam e aprendem juntos, engajados num diálogo permanente. Ao invés de o educando expor exaustivamente o tema em questão, os próprios alunos irão mostrar suas experiências de vida, seu saber único, que juntas montam um grande tabuleiro da história.

DARCI RIBEIRO (1922-1997): acreditava que o progresso só é possível com o investimento na educação, propôs uma abordagem transformadora do país, que saísse da academia e repercutisse na realidade, quis entender a formação do povo brasileiro e a evolução da sociedade nacional.

PÓS-MARXISMO: O marxismo entrou em uma espetacular crise nos idos das décadas de 60 e 70 do séc. XX, e ruiu enquanto ideologia política, enquanto visão de mundo e enquanto paradigma teórico, deixando um vazio imprevisível na vida cultural da Espanha, Itália e França. Talvez a vitrine francesa seja a melhor a exibir resumidamente o desastre.

EDGAR MORIN (1921): Ouvir os alunos, naturalmente sintonizados com o presente, é a melhor maneira de o professor investir na própria formação. Este é o caminho para construir um programa de ensino focado no próprio estudante e em suas referências culturais. Para Morin as grandes metas da educação devem ser o desenvolvimento da compreensão e da condição humana. Na opinião do sociólogo, cabe aos professores do Ensino Fundamental começar a derrubar as barreiras entre os conhecimentos, por duas razões principais: eles têm a experiência generalista e lidam com as crianças mais novas, que guardam uma curiosidade e um modo de pensar ainda não influenciados pela separação dos conteúdos em disciplinas.

MICHEL FOUCAULT (1926-1984): Percebe que a disciplina é um instrumento de dominação e controle. Em instituições como a escola, por exemplo, se inserem mecanismos que controlam os estudantes, adestrando seu corpo e mente, e os mantêm na iminência da punição, tendo como elemento unificador a hierarquia. A escola deixou de ser lugar de suplício para se tornar local de criação de "corpos dóceis" (corpos produtivos).

PIERRE BOURDIEU (1930-2002): Contrariou o senso de que a educação era vista como um meio de elevação cultural, passando a detectar mecanismos de conservação, reprodução e legitimação das desigualdades sociais. Para ele, é na escola que a constituição do sujeito se diferencia segundo sua origem social e familiar, bem como as repercussões disso no plano das atitudes e comportamentos escolares.

EMILIA FERREIRO (1936): desviou o enfoque do "como se ensina" para o "como se aprende", colocando assim a escrita no seu devido lugar – como objeto sócio-cultural de conhecimento. Tirando da escola o monopólio da alfabetização e colocando no centro dessa questão o sujeito ativo e inteligente que Piaget descreveu. A idéia de que o aprendiz precisa pensar sobre a escrita para se alfabetizar era revolucionária.

COGNITIVISMO: A Psicologia cognitiva possibilita o entendimento de como a criança aprende, sendo possível assim melhorar a didática do professor. Ressalta também a importância de se desafiar o cérebro de crianças com dificuldades, pois este é capaz de formar novas ligações, estimulando suas capacidades de aprendizagem.

HOWARD GARDNER (1943): A teoria da inteligência múltipla foi desenvolvida como uma explicação, o fato que carda das formas de inteligência pode ser canalizada para outros fins. Denotando as características de independência e interdependência. Gardner busca propor que a mente humana não é local de uma inteligência, mas sim múltiplas. Não se trata de capacidades múltiplas que constituem a inteligência, o fato de cada inteligência ser um sistema distinto e independente umas as outras. Acredita que há necessidades de uma transformação, a educação deve ser clara quanto suas metas, entender quais as habilidades de cada aluno e avaliar cada um. Para Gardner o professor deve buscar meios de desenvolver as varias inteligências do aluno, incentivar o talento de cada um, ajudando a desenvolver as outras inteligências. Analisar o universo cultural e trabalhar as diversidades (diferenças).

CONCLUSÃO

Conclui-se então, a partir do estudo realizado, que desde a sua criação, o papel fundamental e base do pensamento filosófico da educação é o de tornar o ser humano um ser inconformado com o que lhe é posto, um ser crítico que, a partir da liberdade que possui (pois todo homem é livre, basta que desperte isso dentro de si) construa e seu próprio pensamento e suas próprias conclusões sobre o meio e a realidade a qual vive, sendo que o professor é um mero mediador desta construção.
O professor tem que ser mais que um simples transmissor de dados. É necessário que ele estimule o pensamento, a análise, a comparação, a partir do que está sendo apresentado e a realidade do aluno. Imbuído de sua autoridade pedagógica tem de ser mais do que alguém que discorre sobre determinado assunto, mostrar que vive suas convicções, levando o aluno a formar as suas, baseado na observação e na análise crítica. Ele tem de ser exemplo, tem que falar uma linguagem na qual o aluno identifique respeito, sabedoria, comprometimento, verdade.
O aluno não pode funcionar como simples receptáculo de um saber despejado sobre si. Tem de ser considerado como agente, um transformador em potencial, muitas vezes oriundo de realidades totalmente diversas, com fortes heranças culturais . O educador tem de ser capaz de lidar com estas diferenças, inclusive diferentes linguagens (que por ser diferente, não significam que são erradas), não alimentando preconceitos, nem discriminações.
Com base no que foi pesquisado até então, percebemos com clareza a tamanha importância que estes pensadores possuem para com a educação, sendo que esta, como principal responsável pela transformação da sociedade necessita formar cidadãos críticos e construtivos.
Então, cabe a escola desde cedo influenciar na vida do ser humano, tentando o despertar do sono padronizado que lhe é imposto, para assim, acordar, construir e fazer parte de uma sociedade livre para pensar e agir.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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FERRARI, Márcio. Henri Wallon - O educador integral. Revista Nova Escola. Edição especial, página 106. São Paulo: Editora Abril, 2008.

FERRARI, Márcio. Herbert Spencer - O ideólogo da luta pela vida. Revista Nova Escola. Edição especial, página 79. São Paulo: Editora Abril, 2008.

FERRARI, Márcio. Howard Gardner - O cientista das inteligências múltiplas. Revista Nova Escola. Edição especial, página 188. São Paulo: Editora Abril, 2008.

FERRARI, Márcio. Jean Piaget - O biólogo que pôs a aprendizagem no microscópio. Revista Nova Escola. Edição especial, página 129. São Paulo: Editora Abril, 2008.

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FERRARI, Márcio. Michel Foucault, um crítico a instituição escolar. Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/historia/pratica-pedagogica/critico-instituicao-escolar-423110.shtml>.

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